quarta-feira, 31 de março de 2010

Hurt me.



Ando cansado.
Sinto que tenho os dias a escorrerem-me por entre os dedos.
Sinto-me  esgotado e irritado.
Sinto-me inútil.
Quero tudo e não quero nada.
Sinto-me um liquidificador, tenho tantos planos e tantos projectos mas parece que depois tudo se resume a nada.
Sinto-me perdido. Sinto-me culpado desta ausência de mim mesmo.
Quero chorar como chorava antes.
Quero sentir-me preenchido.
Quero côr na minha vida.
Talvez precise mesmo de alguém.
Queres ser tu Diogo?
Incomódo-me a mim mesmo.
Sinto-me espectador da minha própria vida.
Quero sentir-te. Quero respirar em ti.
Quero exprimir-me.
Alguém que me crie cicatrizes.
Quero magoar-me, ser insultado e sentir dor.Quero dar uso a estes sentidos adormecidos.
Quero de uma vez controlar a minha vida.
Quero sentir. Sentimentos bons ou maus. Apenas sentir.
Sinto-me como que anestesiado.
Quero conhecer-te. Vou conhecer-te.
Queria morrer e nascer de novo.
Acho-me um insatisfeito por natureza. Alguém insaciável de vida.
Estou sem paciência para mim mesmo.
Acho que vou tentar adormecer dentro de uma arca congeladora.
Vou beber sangue numa tentativa desesperada de auto-regeneração.
Sou feliz sim.
Mas acho que esta felicidade já não me é suficiente.
Quero programar o meu cérebro de novo.
Quero uma versão anterior à que tenho. Qualquer coisa menos complexa.
Quero ser básico.
Tenho saudades de mim.
Quero ser criança.
Quero ser o que já não consigo.
Vou injectar absinto no meu corpo.
Quero ser crucificado e comer gomas.
Quero tudo e quero simplesmente nada.
Vou limitar-me a sentir o cheiro do oxigénio e viver.
Quero escrever mais. Quero mergulhar no mar.
Sem saber nadar quero sentir-me submerso.
Quero experimentar mais do que esta vida.
Quero mais do que uma roupa gira.
Quero mais do que um carro novo.
Quero algo inexistente.
Quero ser mais do que sou.
Simplesmente quero.
Estou a ser demasiado exigente?

sexta-feira, 26 de março de 2010

Waked up.


Hoje é o meu primeiro dia de férias.
Férias que antecedem o meu futuro estado de desempregado.
Levantei-me cedo, vesti qualquer coisa confortável e peguei na bicicleta.
Já não andava de bicicleta há imenso tempo. Muito tempo mesmo.
Então meio atrapalhado comecei a pedalar, tinha a ideia que ia a fazer curvas mesmo sem elas existirem.
Escolhi o percurso. Estradas onde não passam muitos carros.
Porque uma vantagem de viver no campo é existirem espaços fantásticos onde podemos fazer exercício e passear sozinhos, só nós e a natureza.
Então comecei devagar.
Quanto dei por mim parecia um puto de 13 anos a andar sem mãos!
Fiquei surpreendidíssimo comigo mesmo. Ainda sei andar sem mãos!
Mudei mudanças, andei de pé, andei sentado, andei em terra, andei em estrada e até fiz uma paragem para ficar deitado no chão. Simplesmente.
Gostei, achei delicioso. Fazer o que não fazia há imenso tempo fez-me sentir vivo.
Quando olhei para o relógio passava já do meio dia.
Quero passar a fazê-lo todas as manhãs.
Queres acompanhar-me?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Owl City.





*
I'd like to make myself believe
That planet earth turns slowly
It's hard to say that I'd rather stay
Awake when I'm asleep
Because my dreams are bursting at the seams
*

It's OVER.



Abri o MicrosoftWord, escrevi uma carta de despedimento e entreguei-a hoje.

Estava cansado daquilo.
Estava a fazer-me mal aquela monotonia.
Estava a tornar-me só mais um trabalhador mal conformado.

Não quero isso.
Posso arrepender-me amanha. Mas fiz o que tinha de fazer hoje.
Vou procurar e encontrar alguma coisa melhor.
Já não sou funcionário Sonae.

Sou desempregado agora, tenho até vergonha de o dizer...nunca fui desempregado na minha vida.
Mas não vou ficar parado.
Vou levar isto como umas mini férias e depois vou atirar-me.
Mas atirar-me sem corda.

Aceito propostas de emprego!
.D

domingo, 21 de março de 2010

Perfeito.



 
| Jesus |

quinta-feira, 18 de março de 2010

Monster.


You're pushing me right down to the floor
I should just walk away



Even the devil wouldn't recognize you, I do.



Mad.



Something in the way you love me won't let me be
I don't want to be your prisoner so baby won't you set me free
Stop playin' with my heart
Finish what you start
When you make my love come down
If you want me let me know
Baby, let it show
Honey, don't you fool around
Just try to understand
I've given all I can 'cause you got the best of me
Borderline … feels like I'm goin' to lose my mind
You just keep on pushin' my love over the borderline
Borderline … feels like I'm goin' to lose my mind
You just keep on pushin' my love over the borderline
Something in your eyes is makin' such a fool of me
When you hold me in your arms you love me till I just can't see
But then you let me down, when I look around, baby you just can't be found
Stop driving me away, I just wanna stay,
There's something I just got to say
Just try to understand
I've given all I can | MOTHER FUCKER | you got the best of me
Borderline … feels like I'm goin' to lose my mind
You just keep on pushin' my love over the borderline
Borderline … feels like I'm goin' to lose my mind
You just keep on pushin' my love over the borderline
Keep pushin' me, keep pushin' me, keep pushin' my love
Come on, baby, come on, darlin'

segunda-feira, 15 de março de 2010

Do it.


Parece que a liberalização dos maus costumes e faltas de respeito já está em vigor no meio gay.
De qualquer forma posso tentar um referendo.


Devemos pôr de lado a coerência e o respeito mutuo apenas por termos uma sexualidade diferente?

Sim VS Não

Eu voto NÃO.

domingo, 14 de março de 2010

Pilula anti homossexualidade pf.


Estou farto de ser.
Cansado deste meio e destas coisas com pernas a que dão o nome de gays.

Ontem fui sair, não saio com muita frequencia logo deveria ser uma noite divertida, especial. Com os meus amigos por cá resolvi convidar mais um conhecido e então começar a noitada. Torres Novas seria o destino sendo que o spot onde iriamos ficar seria decidido na hora. Chegados à cidade começamos a rondar, passamos num bar com música ao vivo e resolvemos terminar a noite no Paradise Bar - o bar gay aqui da terrinha.
Apesar de heteros os meus amigos frequentam sem qualquer problema, acham o espaço divertido e bem disposto, então muitas noites nossas terminam lá a abusar dos shots oferecidos!
Já no bar ligo o radar e sondo quem por lá está. Tendo em conta que nestes meios pequenos 79% das caras já são conhecidas do meio, vejo uma cara nova. Alguém já meu conhecido mas que eu nunca imaginara nestes espaços.
Um tal rapaz sério, giro e muito discreto com quem tinha contacto já a algum tempo.
E acompanhado por quem?
Pelo grupo das Marias Amélias ali de Tomar. Um daqueles grupinhos que adoram juntar-se em tertúlias demoradas a falar mal e a deitar a baixo qualquer criatura que lhes possa eventualmente fazer sombra.
Sendo que até eu já fui vitima deste gang das más linguas!
Eu muito ingenuo dei um sorriso discreto, um cumprimento muito sóbrio para não comprometer o tal novato. A noite avança e do nada passo o olhar pelo canto onde estava o grupinho e.. NÃO!
Não podia acreditar, o novato que se fazia passar por professor muito sério, homem discretissimo e cheio de bons principios estava ali enrolado e completamente exposto com um elemento do grupinho, beijos de lingua, amaços, linguas de fora, falas ao ouvido. Senti-me um bocado estúpido pois tinha-o em melhor consideração, mas vendo as coisas hoje era bem previsível que isto acontecesse.
Tomar é uma cidade pequena. E os gays são como as pragas de formigas.
Incrédulo peguei no telemóvel e enviei-lhe um sms numa de simpático indignado.
" Namoras é? "
Resposta:
" Não, é só um amigo! "
Se já estava de queixo caído, neste momento senti o meu maxilar inferior cair no chão!
Tendo em conta que há alguns dias atrás haviamos falado em se vermos para tomar o habitual café, fiquei confuso. E desiludido também.
Não pensei que aos 23 anos de idade ainda pudesse apanhar desilusões por ingenuidade!

Passado um bocado pousei a vodka acendi um cigarro e fiz uma retroespectiva da socialização que tinha tido com este rapaz.
Conhecemo-nos muito bem, fomos educados, sérios causamos uma boa impressão mutua. Fomos falando, mantendo contacto e de um momento para o outro deixo de ter feed-back dele. Sem perceber o porquê insisti. Nunca cheguei a ter uma resposta convincente.
Mas heis que me aparecia a resposta hoje à minha frente. E mexia!!
Tudo apontou para que tivesse sido numa tertúlia do tal grupinho - em que eu era o tema.
Tertúlia essa da qual o novato já fazia então parte.
Pode parecer-vos perseguição, mas acreditem que não.
Isto deixou-me triste. Estragou literalmente o resto da minha noite.
Fiquei ali a forçar o corpo numa dança descordenada enquanto a minha mente vagueava.
Numa tentativa de perceber como é que alguém pode sentir satisfação por deixar alguém de cara na lama. Sem antecedentes.

É incrivel como boatos nos podem manchar a reputação como vinho tinto numa toalha branca.
É mais incrivel ainda como é que pessoas conseguem criar esboços e perfis de outras baseando-se nessas mesquinhices. Sem procurarem sequer conhecer a pessoa.
É mau e revela muita má formação. É sintoma de gente pequenina.

Por isso conheçam-me primeiro, abordem-me, perguntem ou ofendam-me se for preciso.
Mas façam-o na minha cara.
Sejam dignos, e percam tanto tempo a falar mal de mim como eu perco a falar mal de voces.

Mas em ultimo caso se isso vos insufla o ego, se é a unica forma que têm de conseguirem ser felizes...façam-o lá.
Mais cedo ou mais tarde hei-de criar imunidade neste campo.
Mas enquanto não consigo fico triste sim.
Muito triste.

sábado, 13 de março de 2010

(...)



Aprende-se a calar a dor, a tremura, o rubor. O que sobra de paixão
Aprende-se a conter o gesto, a raiva, o protesto
E há um dia em que a alma nos rebenta nas mãos

terça-feira, 9 de março de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

Tu Sophia.


" Só hoje senti que o rumo a seguir levava pra longe. Senti que este chão já não tinha espaço pra tudo o que foge. Não sei o motivo pra ir, só sei que não posso ficar, não sei o que vem a seguir mas quero procurar. E hoje deixei de tentar erguer os planos de sempre, aqueles que são pra outro amanhã que há-de ser diferente. Não quero levar o que dei talvez nem sequer o que é meu, é que hoje parece bastar um pouco de céu. 
Só hoje esperei, já sem desespero que a noite caísse. Nenhuma palavra foi hoje diferente do que já se disse. E há qualquer coisa a nascer bem dentro no fundo de mim, e há uma força a vencer qualquer outro fim. Não quero levar o que dei talvez nem sequer o que é meu, é que hoje parece bastar um pouco de céu. "
Um pouco de Céu - Mafalda Veiga

Foi a melhor forma que encontrei de te dizer alguma coisa. Não apenas qualquer coisa, mas sim tudo o que te poderia dizer.
Sophia... minha Sophia eu amo-te, mesmo que à minha maneira.

domingo, 7 de março de 2010

Transplante.



Dormi 4 horas esta noite.
Sonhei com o Nuno, é estranho mas sim, continuo a sonhar com ele.
Foi um sonho muito cor de rosa. Foi um sonho no verdadeiro sentido da palavra.
Fiquei então irritado com o meu sub-consciente. Não consigo perceber porque continua a insistir neste assunto.
Levantei-me da cama, mesmo em pijama entrei no carro, e comecei a conduzir.
Parei num letreiro luminoso que dizia ' *Broken Hearts Doctor* '.
Por estranho que pareça - sendo que eram 5 horas da manhã - o consultório estava aberto.
' Vou entrar! ' - Pensei
Estavam só duas senhoras sentadas na sala de espera, olharam-me com um ar surpreso.
' Não devem vir muitos homens aqui.. ' - lembro-me de ter pensado.
Sentei-me.
Numa mesa baixa de vidro estavam alguns livros e folhetos que anunciavam miraculosas operações que curariam qualquer coração partido, qualquer mal do coração.
Entre a confusão da mesa consegui ver livros como PS - Amo-te, Fazes-me falta e até um outro qualquer sobre terapias de casal. Não peguei em nenhum, achei que seria embaraçoso pois as senhoras não tiravam os olhos de mim. Acho que conseguiam sentir o ritmo da minha respiração.
Em poucos minutos a minha vez chegou. Fui abordado por uma rapariga morena e muito magra que me acompanhou até à sala do tal doutor. No percurso foi falando, tentanto por-me à vontade, mas sem sucesso pois nem conseguia olhá-la nos olhos.
Finalmente entrei no consultório. Tinha as paredes cor de salmão, demasiado salmão até.
O doutor sorriu para mim, como se percebesse tudo o que me ocupava a cabeça naquele momento. Levantou-se da cadeira almofadada, contornou a secretária tomando a minha direcção e sem que nada o fizesse prever deu-me um abraço forte. Apertado.
Voltou a sentar-se e disse-me:
' Fazemos-lhe a operação e vai ainda hoje para casa. Como novo! '
Fiquei embaraçado por estar de pijama, e assustado pois nem sabia o porquê da anunciada operação.
Naquilo entra na sala a rapariga morena acompanhada por uma outra.
' Esta é a  Dra. Carolina. É quem vai operar o Tiago. ' - disse o doutor.
Senti a mão dela no meu ombro.
Pediu-me que me deitasse na marquesa que ficava ao fundo da sala. Eu acedi.
' Tire a sua camisa por favor...pijama!!' - riu ela.
Quando tirei a camisola fiquei 'Uau!'. Tinha no meu peito uma mancha enorme, um borrão em vermelho sujo com uns contornos pouco definidos. Assustei-me.
Ao perceber o meu ar atrapalhado e numa tentativa de reconforto a doutora disse:
' Não se preocupe Tiago, vai ficar como novo. Perfeito! Se preferir pode fechar os olhos. '
Mas eu não fechei, fiquei atento a cada movimento dela.
Vi-a colocar umas luvas, tirou de uma gaveta um lenço que molhou numa loção espessa.
Senti o lenço molhado no meu peito, estava frio. À medida que ia passando o lenço no meu peito a mancha ia desaparecendo, até que ficou completamente limpo.
Senti-me fraco nesse instante, como se tivesse perdido sensibilidade.
Vejo a rapariga morena apróximar-se rápidamente com um tabuleiro nas mãos. Trazia-o carregado com objectos estranhos.
Passou à doutora qualquer coisa semelhante a um stencil , qualquer coisa com a forma de um coração. Foi-me colocado no peito, onde antes estivera a mancha. Tinha a textura de uma forma de silicone.
Vejo a doutora pegar num recipiente e verter um liquido vermelho no meu peito. Passados alguns segundos retirou o silicone e...'Uau!' sentia-me recarregado ou revitalizado sei lá.
Olhei e vi o resultado. Tinha um coração lindo no meu peito, vermelho vivo, bem definido, simétrico e tal como a doutora me havia dito antes, perfeito!
Sentia-me como um puto numa loja de doces com um sorriso patético na cara.
Sentia-me feliz.
Levantei-me e quase instintivamente abracei a doutora. Fiquei envergonhado depois de o fazer!
Sentia-me feliz e com necessidade de o partilhar.
Agradeci apressadamente e saí.
Ainda a vestir a camisola entrei no carro. Voltei a casa, tinha vontade de acordar toda a gente. Estava prestes a ter uma explosão de felicidade!
Mas tive de me controlar e então deitei-me. Fechei os olhos e forcei o sono.
Quando dei por mim estava de novo a sonhar, de novo com o Nuno.
Mas desta vez um sonho diferente, em vez de cor de rosa o sonho era azul e leve como natas batidas. Eu e o Nuno eramos amigos, apenas os melhores amigos.
E isso fez-me sorrir quando acordei.


" Obrigado Dra. Carolina! .) "

terça-feira, 2 de março de 2010

Não falhei.



" Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só "

Labirintico.


Estou meio desiludido. Meio triste.
Mas ao mesmo tempo com os pés mais acentes no chão.
Parece que todas as espectativas que criei estão a diluir-se como uma gota de tinta no mar. Não ficando nada.
Talvez tenha planeado voos altos de mais. Talvez tenha sido demasiado ambicioso.
Não sei.
A minha ida para Coimbra...deixei de a ver a cores...agora vejo-a em escala de cinzas e meio desfocada.
Parece que Tomar está aqui ao lado, e repentinamente a afirmar-se.
Quase que a atrair-me até lá como se fossemos dois imans, quase que a puxar-me sem eu poder contrariar isso.
Parece que todas as facilidades que me esperavam em Coimbra despareceram.
Parece que aqueles planos todos vão ter de ser arrumados de uma vez.
Mas eu quero acreditar que quando a vida nos fecha uma porta, nos abre outra ainda melhor. Quero pensar que sim, que vou conseguir.
Se não em Coimbra, que seja em Tomar mesmo.
Como disse a um amigo meu:
'Coimbra é o máximo, mas eu não preciso de por lá passar para ser o máximo!'
Estou frustrado sim.
Sinto-me um daqueles idiotas que passam a vida a fazer planos que nunca chegam a ser concretizados. GRITAR sim apetece-me.
Mas vou ser racional. Vou olhar para esta balança e perceber como um adulto que sim, que nem sempre o que idealizamos é o que temos de lutar por.
Temos de saber aceitar as nossas derrotas interiores e fazer delas vitórias.
Vitórias que são partidas para novas estapas, com novas metas mais estimulantes e coerentes.
E acho que isto é aquela coisa a que dão o nome CRESCER.
Mas poh.. eu não pedi para crescer mais! .D
Vou esforçar-me, vou dar o meu melhor. Vou fazer amigos aqui na zona.
Vou olhar para Tomar como um destino próximo.
Vou sorrir, porque ficando por cá vou continuar com o meu Design.
Talvez esteja mesmo condenado a ser mais um designer desempregado!
E se for? Não tenho medo disso. Tudo se resolve.
Até porque por cá vou continuar a ter os doces da minha vida.
Todas aquelas pessoas que dão luz à minha vida.
Pessoas sem as quais a minha estadia em Coimbra seria MUITO dificil. 
Assim vou continuar no meu território. Vou estar na minha praia.
Vou ser um universitário privilegiado. Um eterno estudante de secundário.
Na casa dos pais, sem responsabilidades, sem contas, sem tarefas domésticas, sem chatices, sem discussões com colegas de quarto e sobretudo com a minha fortaleza - o meu quarto.
Porque sim.
Fazia-me imensa confusão sair para uma casa estranha, uma casa mobilada ao gosto sei lá de quem, uma casa que teria pouco de mim e sobretudo uma cama onde já tinha dormido sei lá quem!
É bom ser filhinho da mãmã. É bom ser criança dentro de um corpo adulto.
Obrigado vida.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mommy.


""  Como não agradecer-te, mãe, se é tanto o que és o que ofereces e o que semeias no meu ser? Mas como agradecer-te, mãe, se é tão pouco o que tenho para dizer, para te bendizer? O que o coração sente os lábios não são capazes de balbuciar. Trémulos, hesitam e gaguejam, impotentes para soltar uma palavra ou articular qualquer som. Mas será que existe alguma palavra que consiga dizer o que o coração sente?
Dizer “obrigado” é pouco,mas dizer-te “obrigado” é tudo o que resta quando tudo já tiver sido dito.
Porque fizeste da tua vida um lugar para a minha.
Porque não só me aceitaste como era, como estavas disposta a aceitar-me fosse eu como fosse.
Porque me sossegaste dizendo "não chores, filho, que a mãe está aqui", e estar no teu regaço é tão seguro como dormir na palma da mão de Deus. ""


Para a Dona Lita minha mãe que faz anos hoje.