quinta-feira, 29 de abril de 2010

Worn.




E é assim que me sinto.
Vazio como um balão enrugado. Vazio como um relógio parado.
Sinto falta de mim, tenho saudades do que fui.
Sinto como se tivesse sido roubado.
Como se parte de mim me tivesse abandonado.



Quero encontrar-me e sentir-me de novo.
Quero tocar-me bem por dentro e sentir vida em mim.
Quero voltar a rir até perder o fôlego.
Quero chorar de alegria.
Sinto-me ingrato e desagradecido pelo que sou.
Sinto a falta de ti.
Sinto a falta de Deus.

Vejo o abismo e consigo saborear a solidão.
Tenho medo dentro de mim.
Gostava até de matar-me.
Quero amar.
Deve ser até pecado trazer isto tudo em mim.
Sinto que os dias me cortam.

Quero explodir e desfazer-me em pedaços.
Quero abraçar-te ao de leve.
Quero respirar-te.
Quero-te a ti que não te tenho.



quarta-feira, 21 de abril de 2010

.

Rain aversion.

Is it really necessary every single day making me more ordinary in every possible way this ordinary mind is broken you did it and you don’t even know leaving me with words unspoken you better get back cuz I’m ready for more than this whatever it is baby, I hate days like this caught in a trap I can’t look back baby I hate days like this when it rain rain rain rains It rain rain rain rains when it rain rain rain rains It rain rain rain rains more than this baby I hate days like trying to be ordinary was it me who was the fool? thought you found the man you wanted until you turn him into something new well even if our minds are broken there’s something that I need you to know It’s nothing like the life we wanted you better move on cuz I’m ready for more than this whatever it is baby, I hate days like this caught in a trap I can’t look back baby I hate days like this when it rain rain rain rains It rain rain rain rains more than this baby I hate days like I’m not angry don’t know what to do after all the years that I spent with you I can’t blame you for the things you say I was using you just to hide away more than this whatever it is baby, I hate days like this caught in a trap I can’t look back baby I hate days like this when it rain rain rain rains It rain rain rain rains when it rain rain rain rains It rain rain rain rains when it rain rain rain rains It rain rain rain rains when it rain rain rain rains It rain rain rain rains more than this baby I hate days like.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Censura.


Eu sou como o Bruno Aleixo.
Isto é o meu programa,
logo só deixo os comentários que quero!

FUCK

domingo, 18 de abril de 2010

Stoned.



... e de repente vejo um unicórnio correr. Um unicórnio de metal. Parecia leve e inoxidável, mas tinha um caminhar esmagador.
Voltei me e avistei alguma coisa que me era desconhecida. Parecia-me um frasco enorme.
Dentro viam-se pequenos pontos luminosos e com variadas cores.
Era bonito, mas desapareceu. Acho que o som do silêncio o assustou.
Era um silêncio desafinado.
Senti um sopro na cara, era o unicórnio. Desta vez sobrevoava-me. Não era maior que um sabonete e zumbia como uma flauta. Pousou numa pedra, consegui observar cada pormenor dele. Era incrivelmente brilhante, lembrou-me uma pequena bola de espelhos.
Um coelho apróximou-se, era elegante e simpático.
Mas eu estava demasiado cansado para cortesias e ignorei-o.
Descansei-me no chão por momentos, fechei os olhos.
Acordei logo depois, olhei em redor e vi água. Muita água.
Senti-me afundar. Percebi que a pequena ilha onde me havia descansado se afundava.
Não senti medo.
Estranhamente sentia-me tranquilo.
Vi seringas à minha volta. Haviam também pedras e alguns estupefacientes em bruto.
Sorri para mim mesmo. Orgulhosamente envergonhado lambi o sangue que tinha no braço. Quis levantar-me e sair dali. Mas as minhas pernas não colaboraram.
Sentia-me descoordenado, sentia-me incapaz.
Foi delicioso.
Vi-me insensível naquele instante.
O silêncio continuava elevado. Alucinei sons e sensações.
Senti sal na minha boca e urtigas nas minhas mãos.
Foi novo.
Estava ali imóvel com o Jack Skellington a olhar-me.
Apesar do silêncio insurdecedor consegui ouvir o meu telefone tocar. 
Olhei à direita e vi que estava em casa, sentado ao computador e a escrever isto. 

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bahh.


Concerto de Mika foi adiado.

Limitações no tráfego internacional devido à nuvem gigante de fumo resultante da erupção de vulcão na Islândia ditou o adiamento.
Nova data: 11 de Maio.
De acordo com comunicado da produtora do espectáculo, Música no Coração, o cantor e a sua banda viram-se impossibilitados de chegar a solo nacional em tempo útil para o concerto previsto para hoje no Campo Pequeno. O fecho de alguns dos principais aeroportos europeus é a causa apontada.

Relax Mika, nós compreendemos.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Mika Power.



Ontem comprei bilhete para ir ver Mika.
Por incrível que pareça dos 600 contactos gays que tenho no messenger só há uma pessoa que vai assistir ao concerto.
Será que ele intimida o comum homossexual?
Será que não são compatíveis uma presença mais excêntrica?
Ou será que simplesmente invejam o que ele é e por isso o acham uma bicha insuportável?
Meus senhores, libertem essas mentes.
Mika é boa onda.
Mika é ser gay e gostar!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Glee.


A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester, em reerguer o coral da escola William McKinley em Lima, Ohio, chamado de "Glee Club", que no passado foi motivo de grande orgulho para todos os alunos na instituição. No entanto, a escola não tem recursos para sustentar o coral, que a princípio só atrai os alunos pouco populares e estigmatizados.
Assim, eles precisam chegar à final do campeonato regional de corais para garantir a verba para continuar com o coral. No meio disso, a professora Sue Sylvester, que treina a equipa de líderes de claque da escola, que já venceu inúmeros campeonatos, está disposta a tudo para atrapalhar o sucesso do coral, já que ele pode retirar o prestígio e as verbas da a sua equipa.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Hurt me.




sinto que cultivo raiva no meu corpo
sinto que no meu sange correm sementes de ódio
adoro-me a mim mais do que a qualquer outra coisa
venero cada centimetro do que sou
sinto o meu ser sujo
sinto a minha existência vulgarizada
repugnam-me seres humanos
quero queimar-me vivo
quero morder os meus dentes
quero sentir óleo escaldante no meu esófago
quero manipular
vou manipular
acordar nunca mais
quero trincar um lâmpada acesa
saltar no infinito
quero ver-me demoníaco
quero ser intolerante
corta-me e causa-me dor
vou electrocutar o meu corpo
tenho vida a mais
acho que nasci para simplesmente morrer
morrer é bom
quero sentir pregos ferrugentos perfurarem as  minhas unhas
quero ser injectado
vou respirar ácido cianídrico
quero sentir uma síncope respiratória
gosto de ti mas amo-me a mim
sinto-me miserável
vou violar-me
vou testar os meus limites
quero futilizar-me

 
o perigo excita-me

" Silicone, saline, poison inject me baby
I'm a free bitch "
Lady Gaga

Amazing.




segunda-feira, 5 de abril de 2010

domingo, 4 de abril de 2010

Vice.


Criei perfil no Facebook à algum tempo atrás.
Não por achar o máximo, sendo que tentei resistir a esta febre de redes sociais.
Não tenho muita paciência nem acho que desses sites possam surgir amizades para a vida.
Prefiro contactos que envolvam carne, ossos e socialização física.
Mas apesar de tudo aderi.
Acho-me um espectador no meio disto tudo.
Tenho uns 10 amigos se tanto. Mas com estes 10 amigos apenas consigo perceber a dimensão que estes sites tomam para algumas pessoas.
Desde constantes publicações a descrever cada passo que dão no seu dia.
Desde constantes actualizações de fotos.
Desde insistentes feeds de FarmVille.
Desde informações pessoais dispensáveis.
Sei lá imensa coisa.
Então a conclusão a que cheguei é que existem pessoas que dão demasiada importância a estes sites.
Porque pelo que parece passam todo o dia ligadas a ele.
Não será mais interessante sair de casa e ficar sentado numa relva a olhar o céu?
Não será mais gratificante contactar um amigo real e ir tomar uma Coca-Cola?
Não será mais humano partilhar um programa de televisão com um familiar ao lado?
Isto faz-me sentir desactualizado.
Os adeptos dessas redes que lêm isto vão dizer:
' - Olha quem fala! Também tem um blog! '
Sim tenho. Mas dispenso-lhe 15 minutos diários.
E com muito pouca assiduidade.
Pois prefiro passar as restantes 23.45h do dia a disfrutar do que tenho palpável.

Mas apesar de tudo respeito.
Não compreendo mas respeito.
Vou criar centros de reabilitação para seguidores de redes sociais.


Facebook & Hi5 consumers.. o meu maior abraço.

sábado, 3 de abril de 2010

My God.


Continuo assim com o mesmo estado de espírito.
Meio gasto pela vida.
Sinto-me esgotado.
Preciso explodir. Preciso de adrenalina para não ir abaixo.

Começo a achar que esta procura por mais ainda me deixou com menos.
Começo a confundir prioridades.
Já não sei o que realmente me faz bem.
Desmotivado, sim estou.

Quero deixar de ser gay.
Quero olhar-me no espelho e ver a minha alma sorrir.
Quero finalmente perceber o porquê de estar vivo.
Quero fazer-te feliz, e sobretudo ver a tua felicidade refectida em mim.
Quero partir para outra.
Quero recomeçar do nada.
Quero cuspir na vida.

Sinto-me frágil. Sinto-me um cubo de gelo em chamas.
Quero asas para poder voar.
Vou tentar respirar-te.
Vou fechar-me no quarto por semanas.
Quero ser imune à civilização.
Quero matar.
Quero ter prazer.
Quero causar dor.
Vou pegar numa arma e pressionar o gatilho.
Talvez contra Deus mesmo.

Serei o único a ter este turbilhão de sentidos?
Desejo ser adorado.
Espero ser respeitado.
Vou esculpir qualquer coisa e passar a adorá-la.
Vou criar o meu próprio Deus.

Talvez assim consiga resolver este dilema existencial.
E se te magoo. Desculpa.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lost.





*
I'm out on my own again
Face down in the porcelain
Feeling so high but looking so low

Have you ever been so lost

Known the way and still so lost
Another night waiting for someone to take me home
Have you ever been so lost
*