segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Lets swim!.


Não sei nadar.
Creio ser esse o problema.
Já por mais que uma vez sonho estar a afogar-me.
Talvez seja trauma não sei.
Todos me dizem: 'Eu ensino-te é fácil!'.
Ichh! Só a ideia de estar coberto de água me assusta.
O pensar que vou precisar de oxigénio..e nem sei se tenho tempo de chegar a ele.
Acaba por ser ridiculo nos meus 23 anos, mas fazer o quê?
Hei-de superar isto.
.  .  .  .  .  .  .  .  .

" A queda foi de pouco mais de um metro e, no entanto, ao embater com a cabeça na água gelada, sentiu que a sua cara chocava  contra um passeio de rua a uma tremenda velocidade. O líquido que lhe envolveu o rosto era tão frio que queimava como ácido. Despertou nele um instantâneo ataque de pânico.
De pernas para o ar na escuridão, Ming sentiu-se momentâneamente desorientado, sem saber que direcção tomar para regressar à superficie. (...) Era como se tivesse sido privado de ar.
Os músculos de Ming começavam a ter dificuldade em responder. O seu corpo parecia chumbo, e os seus pulmões pareciam ter encolhido e ficado reduzidos a nada, como se tivessem sido esmagados por uma piton.
(...) O afogamento, lera Ming uma vez, era a morte mais horrenda que se podia imaginar. (...) Agora os seus gritos ouviam-se apenas na sua mente. E então aconteceu.
Ming mergulhou. O puro terror de ter consciência da sua morte iminente era algo que nunca imaginara experimentar. (...) Os pulmões de Ming gritavam por oxigénio. Susteve a respiração, tentando ainda impulsionar-se para a superfície. Respirar! Combateu o reflexo, apertando os seus lábios insensatos. Respirar! Nesse mesmo instante, numa batalha fatal dos reflexos humanos contra a razão, o instinto de Ming sobrepôs-se à sua capacidade de manter os lábios cerrados.
Wailee Ming inspirou.
A água que se infiltrou nos pulmões era como um óleo escaldante no seu sensível tecido pulmonar. Sentiu-se como se estivesse a arder por dentro. Cruelmente, a água não mata de imediato. Ming passou sete terríveis segundos inspirando a água gelada, cada inalação mais dolorosa que a anterior, sem oferecer ao seu corpo aquilo por que ele tão desesperadamente ansiava.
Finalmente, ao deslizar para o fundo através da água gelada, Ming sentiu que ia perder a consciência.
A toda a sua volta, Ming viu na água pequenos pontos de luz brilhante.
Era a coisa mais bela que alguma vez vira. "
'A conspiração'
Dan Brown

1 comentário:

  1. 1º comentário do VERN
    sim sei nadar, aprendi em pequeno. Sim relatos de pessoas que quase morrerram afogadas dizem que é horrilvel aqueles minutos que lutas contra o inimigo que neste caso é a ausência de algo ( o oxigénio) estás envolto, és acariciado por algo que te vai matando.
    Segundo Sigmund Freud, sonhar com o nosso afogamento deve-se a um estádo depressivo que nos envolve e sofoca é a expressão visual do que sentimos no nosso interior é a forma que metafóricamente podemos utilizar para dizer o que sentimos. De acordo com o livro dos sonhos de Freud o homem sonha a um nível matafárico levando para o sonho aquilo que o inquieta de forma quase inconsciente. Quando nos estamos a afogar é o sinal da luta do EU com o problema que tenho, a força e o sofrimento que faço para lhe escapar, a água é o tal problema que causa o sofrimento e que não sabemos explicar, tal como a água o problema o motivo, envolve-nos, quase que nos embala, toma conta de nós. Agora cabe a cada um nadar, lutar para conceguir alcançar oxigénio ou deixar-se ir nesse embalar envolvente da água.
    todos nós vivemos á beira de um lago por vezes caimos lá dentro, cabe aos outros correrem a retirar nos da água mas se não gritar-mos por socorro, e estendermos a mão ninguem nos ajuda a sair do lago.
    Abarço do teu amigo VERN Psico-arquitecto e futuro Filósofo do banal

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